Começou a tramitar na Assembleia Legislativa do Ceará um Projeto de Lei que determina a substituição de sirenes e sinais sonoras nas escolas públicas e privadas do Ceará. O objetivo é não gerar incômodo aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com a proposta do deputado Agenor Neto, as substituições desses aparelhos sonoros poderão ser feitas de forma gradativa, levando em conta o tamanho da demanda em cada escola e os custos para a troca.
“Dentre alguns problemas de desenvolvimento, um deles está diretamente ligado à sensibilidade auditiva, uma vez que são mais sensíveis aos sons que a média da população, o que causa muita irritação e desconforto.
Para as crianças, ainda aprendendo a lidar com as sensações, o problema é potencializado. Por isso não é incomum vermos uma pessoa com autismo, sobretudo crianças, tapando os ouvidos por algum motivo”, justifica o deputado em sua proposta.
Entenda o assunto
As sirenes escolares começaram a ser utilizadas no Brasil a partir da década de 1960, como uma medida de alerta para a comunidade escolar sobre o início e término das aulas e outros eventos importantes na rotina escolar.
Na época, as sirenes eram um recurso tecnológico inovador e eficiente para a comunicação de informações em escolas e instituições públicas. No entanto, com o passar dos anos, alguns problemas associados ao seu uso foram surgindo, especialmente para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que podem ser extremamente sensíveis a sons intensos e repentinos.
Hoje, há uma crescente preocupação em torno do uso de sirenes escolares e a necessidade de promover um ambiente inclusivo e acolhedor para todos os alunos, independentemente de suas condições individuais. Dessa forma, as escolas têm buscado alternativas que possam garantir a segurança e o bem-estar de todos os estudantes, sem causar desconforto ou transtorno a alguns deles.